Hoje, 10 de junho de 2025, tivemos o quarto dia de protestos contra a ICE nos Estados Unidos.
A ICE (Immigration and Customs Enforcement, Cumprimento da Imigração e Costumes em português), agência alfandegária estadunidense, tem causado entre o povo um forte e justificado sentimento de revolta após realizar diversas prisões sem precedente legal de imigrantes – inclusive de imigrantes legais – e de pessoas indígenas. Muites dês preses tem sido ou deportades de forma errônea para países nos quais nunca estiveram e com os quais não tem um passado, ou sido enviades as prisões dos Estados Unidos em outros países e em péssimas condições, incluindo Guantanamo. Boa parte das manifestações tem sido organizadas então com a intenção de evitar que imigrantes tenham este tipo de destino.
Como tinha apontado anteriormente em minha outra matéria neste mesmo jornal, os protestos cresceram conforme o escalonamento das tensões, mas o inesperado para nós é que os protestos se espalharam não somente ao longo do país, mas pelas duas costas também:
além dos protestos mais intensos do país (Los Angeles), as manifestações já começaram sem demora em São Francisco, também no estado da Califórnia, onde já houveram 150 prisões, mesmo quando os atos têm a explícita intenção de praticar a desobediência civil pacífica.
Os mais impressionante é o fato que na própria capital do país, Washington D.C, os protestos aumentam ao ponto de causar preocupação por parte do regime: vários eventos e até mesmo uma parada militar foram canceladas, mesmo com o próprio Trump ameaçando usar a força caso os protestos ameaçassem a parada que vai acontecer daqui a quatro dias.
Os atos em D.C reúnem uma força em especial devido a um abuso em particular do regime: a prisão de um líder sindical, gesto que provocou a ira do povo.
Saindo do litoral, em Dallas, no Texas, a polícia e manifestantes estão em luta, onde o governo alega que povo conseguiu neutralizar três agentes da repressão enquanto a mesma está atacando os atos com explosivos.
A imprensa capitalista confirma que os atos já crescem mesmo em grandes cidades como Boston, Chicago e Atlanta.
Enquanto isso, Donald Trump insiste em ser o Calígula americano enquanto suas ações contribuem para causar mais e mais conflito. Além de dois mil homens da guarda nacional, Trump também está mobilizando 700 do corpo de fuzileiros navais na esperança de acabar com os protestos em Los Angeles, que só se intensificam devido à repressão desproporcional. Tão desproporcional, na verdade, que o governador da Califórnia (Gavin Newsom – Democrata) está tentando reverter a intervenção de Trump, e, em um gesto de explícito despotismo, este último já declarou que pretende prender o governador.
No meio da resistência popular com o mais puro objetivo de sobrevivência, e com Donald Trump estando cada vez mais confortável em usar a força militar e policial contra seu próprio povo, quanto mais demorará para que a mídia liberal e a direita admitam que os Estados Unidos se tornaram de facto um país fascista? Oque mais será necessário?
Solidariedade para camaradas nos EUA.
Luta contínua contra a ICE.
Venceremos!