Neste domingo, 8 de dezembro de 2024, o ditador sírio Bashar al-Assad foi deposto e seu regime está chegando rapidamente ao fim.
Há poucos dias, depois da rápida tomada da cidade de Aleppo e posteriormente de Damasco, uma das duas grandes alianças de rebeldes derrotou e depôs Assad. O problema é que a aliança que depôs Assad é a chamada oposição radical, formada majoritariamente por fundamentalistas religiosos e capangas do governo turco.
Nós revolucionáries, no entanto, não temos oque temer apesar das circunstâncias ruins nas quais a queda de Assad aconteceu. Sabemos por fato da força e potencial revolucionário do povo, e sabemos que a situação atual da Síria é o terreno mais fértil possível para uma revolução social.
É mais fértil ainda quando a oposição radical (a de direita, no contexto sírio) está fragmentada a respeito quem será o novo governo, ao mesmo tempo, em que a oposição moderada (a de esquerda, no contexto sírio) está se reorganizando, e segundo relatos até expandindo seu território.
Também foi revelado dentro da casa de Bashar al-Assad uma coleção de carros e outros luxos que demonstram sua indiferença para com o sofrimento da classe trabalhadora na Síria. Não é de se espantar quando Assad já tinha se provado o Paulo Guedes do oriente médio devido às suas privatizações, que é claro, beneficiaram seus amigos.
Tanto dentro da síria quanto na diáspora síria pelo mundo há comemoração, mas esta comemoração é feita por pessoas que carregam (de forma literal) uma bandeira: a bandeira das Forças Democráticas da Síria – A bandeira do socialismo libertário na Síria.
A suposta “esquerda” institucional e reacionária, se recusa a apoiar o genuíno movimento revolucionário que está ativo agora mesmo e no lugar disso escolhe chorar por mais um ditador fracassado. Esta mesma “esquerda” que sempre busca apelar para a direita, esta mesma “esquerda” que tem alergia de vencer.
Mas qual posicionamento nós anarquistas tomamos? O mesmo das massas oprimidas da Síria.
O povo sírio está neste momento destruindo com suas próprias mãos, sem pedir permissão para ninguém, os símbolos do regime de Assad enquanto erguem a bandeira das Forças Democráticas, nós fazemos o mesmo em espírito no Brasil e em todo o mundo.
Companheires! Vamos apoiar com entusiasmo as Forças Democráticas, a oposição de esquerda (oposição moderada) as YPG, MUB e todes seus componentes! Nós ainda veremos a revolução na Síria!
Luta contínua contra a propriedade privada.
Luta contínua pela revolução social.
Bijî Rojavayê Kurdistanê.
A classe vencerá.
Adeus, Assad! Ninguém Sentirá sua Falta.
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