Nova Plebe

Artigo Americano (PT-BR, ENG)

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(Português)
AVISO: este artigo é de total autoria de nosse correspondente Keaka Cagle, todos os créditos para elu.

Artigo Americano

Há uma escuridão que assombra a sociedade americana. Desde o nascimento, os americanos são ensinados que o genocídio dos povos indígenas foi necessário. As crianças dos Estados Unidos vestem-se com roupas caricaturizadas de índios, fazem peças durante o dia de Ações de Graça, feriado esbranquiçado que comemora o ato genocida dos povos indígenas de acordo com a tribo central da mitologia deste feriado.  Crianças que não são indígenas de qualquer lugar do país são ensinadas que elas são beneficiadas pela matança de milhões de pessoas. Isto não é ensinado como negativo, pois a sociedade americana romantiza sua crueldade.

A criança americana assiste filmes de faroeste, aonde os nativos selvagens são assassinados. Elas leem livros cobertos de representações de indígenas mortos, cobiçando suas vestimentas, estilo de vida e culturas. Algumas crianças até brincam com brinquedos que representam os colonizadores e nativos para imaginar a violência colonialista que sustenta o Velho Oeste. As pradarias onde o colonizador mataria o nativo selvagem para proteger sua família. Ameaçado pela existência desses povos em sua própria terra, o americano despreza a ideia do direito de terras indígenas. Por ser sua família que a roubou, e são eles que se beneficiam ao ignorar isso. Este é o pavor existencial da descolonização. A ideia de que uma terra não é de fato deles. O sentimento de perigo que vaza pelo cérebro acorrentado pela ideia do colonizador. É a minha terra, não a deles. Essa terra é para todo mundo, menos para quem foi morto aqui.

As crianças dos Estados Unidos são ensinadas a se associarem ao colonizador, não a quem buscou pela liberdade. Elas aprendem sobre Susan B. Anthony, mas não sobre Matilda Josly Gage e veem Abraham Lincoln como libertador, mas John Brown como um terrorista com problemas psiquiátricos. Isso não é mera coincidência. O sistema de educação americano reforça que há ativistas aceitáveis e não aceitáveis. Um bom ativista é aquele que aceita o status quo, mas não a mudança. Alguém que é pacifista e nunca se revolta. É por isso que conservadores americanos tendem a amar Martin Luther King Jr. A Percepção é que ele é um ativista pacifista perfeito mesmo que ele tenha sido odiado em sua época por ser muito extremista. O sistema educacional americano ensina esta visão distorcida da história. Isso leva a muitas crianças colonas a terem nenhuma noção de compreender a história verdadeira. Quando o colono desperta da ilusão das condições sociais americanas, alguns se ajeitam em uma maneira saudável, mas outros sucumbem à culpa.

Os aliados americanos odeiam a culpa que evitam desesperadamente esse sentimento. É uma outra ilusão do espirito americano. Não há motivo para se sentir culpado pelos pecados de nossos ancestrais. É de nós fazer justiça pelos crimes de nossa família, mas não há ignomínia ao nascer. A culpa, entretanto, não enfrenta isso e fará com que o colono ande em círculos na sua própria mente. Eles pensam o quanto eles não querem ferir as pessoas que seus ancestrais feriram, mas nessa tentativa eles ficam ressentidos pelas pessoas que não querem acalmar a culpa delas. Para eles, os colonizados são a jornada de aprendizado e é o nosso papel mantê-los seguros. Para eles, é a responsabilidade do colonizado os manter seguros em seus postos. Se ousar questionar a autoridade atacando os problemas de seu povo, negligenciadas por eles, ignorarão o que falar e irão te tratar como um cão raivoso a ser sacrificado. Não é que o colonizado odeia cada colono, mas que necessitam interromper o sofrimento do colonizado.

Esta ideia de que não conseguiram a “benção” por andar nos trilhos faz com que o colono projetar uma pessoa que não é, de que não é humano, mas uma manifestação do próprio medo. O medo de um espirito vingativo, uma pele (em itálico) no qual assombra os sonhos dos colonizadores. É por isso que pressupõem tanto com o mínimo de informação. A momento exato que você viola os filtros da sociedade branca, não importa que sua família foi assassinada, não importa que sua mãe foi violentada — você feriu os sentimentos de um “aliado”.

O Aliado é uma criatura inconstante. Alguns realmente agem para acabar com a opressão do colonizado. Outros aliados, no entanto, só irão até o ponto que alivia seu posto como um “bom colono”. Esse é o problema com um aliado amaldiçoado. Podem fazer certo pelos motivos certos, mas sua culpa o fará se sentissem como uma farsa. Tal culpa em seu posto farão criar mecanismos de controle. Eles nunca estão errados, suas palavras nunca estão erradas pois, se estiverem, é um pecado capital.

A maldição não é uma questão metafisica. Não foi dada por deus, pela natureza, pele, por qualquer manifestação sobrenatural. É uma maldição que o colono está obcecado subconscientemente com a ideia de vingança. As ideias de que o marginalizado e o colonizado pegarão em armas para ferir, expulsar, estuprar e matar os colonizadores. Na realidade, essa vingança não existe. Indiferente dos que os supremacistas brancos dizem, nunca houve um movimento significante de pessoas que foram atras de vingança e destruíram o colonizador, o colono ou o turista.

Vemos muito dessa ideia atual do haitiano. Eles se libertaram dos grilhões da escravidão contra dezenas de batalhões de brancos. Ainda assim, pelo fato de terem matados senhores de escravos, eles são vistos como se o haitiano moderno quisesse matar cada pessoa branca existente. Fazem calúnias sobre voodoo e consumo de animais domésticos. Eles representam o haitiano como antiético à sociedade americana com base na “cultura” enquanto os colonos fazem atrocidades contra proletários haitianos devotos. O colono justifica esse comportamento descivilizado com a história da revolução haitiana. Mas a verdade se abrange na maldição.

São esses os efeitos da maldição aos aliados. Muitos veem a raiva do colonizado como direcionado a eles, quando muitas vezes não é, até que fique claro que não estão dispostos a aprender. Nosso julgamento não vem da educação ou doutrinação — Nosso julgamento vem apenas da resistência de quebrar a maldição. Há pessoas que estão quase dispostas a aprender, à beira de quebrar as correntes da maldição, mas se recusam a aceitar que os medos dela não são legítimos. É por isso que muitos vivem em uma fantasia, a fantasia onde o colonizado não espera que o colono aprenda supere os medos e não importe com a nossa dor, ao contrario do colonizado que quer que tirar os colonos da sua terra.

Portanto, nós vivemos em uma encruzilhada, devemos gastar horas e horas diariamente com cada pessoa que passa para ensinar o conceito básico de humanidade? Educação é o fator mais importante para acabar com esse ciclo. Devemos mudar o nosso sistema de educação em vez de apenas reciclar as pessoas que querem mudar e sucumbem para a maldição. Talvez você foi chamado para ajudar as pessoas a sua volta. Isso não é o chamado de todo mundo, mas somos obrigados a fazer. O que uma pessoa pode fazer quando há um exército de colonos amaldiçoados em sua comunidade?



(English)
WARNING: This article is entirely authored by our correspondent Keaka Cagle, all credits to them.

American article

There is a darkness that unpins a lot of American society. From birth Americans are taught of how the genocide of indigenous people was necessary. Children in America dress as Indian caricatures, perform in plays during thanksgiving, a white washed holiday that commemorates an act of indigenous genocide according to the tribe central to the mythos of the holiday. Non native Children of all backgrounds are given the idea that they are the beneficiaries of the slaughter of millions of people. It is not that this is taught as a negative, because American society relishes in its cruelty.

The American child watches westerns where the savage natives are murdered. They read books full of archaic depictions of dead Indians and covet their dress, lifestyle and cultures. Some children even play with toys depicting the colonial settlers and natives to fantasize about the colonial violence that underpins the Wild West. The prairies where men would kill the native savages to protect their families. Threatened by the existence of indigenous people on their land. The American hates the idea of indigenous land rights. Because it is his family who stole them, and it’s them that it benefits to ignore it. This is the Existential dread of decolonization. The idea of the land being not truly theirs. That feeling of danger that leaks through the brain chained to the concept of the colonizer. It’s my land now not theirs. This land is for everyone, except for the people we murdered to get here.

The children of America are taught to identify with the colonizer and not those who sought freedom. They learn of Susan b Anthony but not Matilda Joslyn gage and see Lincoln as a liberator while John brown is a mentally ill terrorist. This is not an accident. The American education system reinforces that their are acceptable and unacceptable activists. A good activist is someone who accepts the status quo but what’s a change. Who is Always peaceful and never angers. It is why American conservatives tend to love Martin Luther king jr. the perception of him is that of the perfect non violent activist even though he was hated in his time for being too radical. the American education system teaches this distorted view of history. This leads to many settler children having no baring of understanding of real history. When the settler awakens from the illusion of American social conditioning. Some adjust in an healthy way but others succumb to an intense guilt. 

The American ally hates The guilt they so desperately avoid feeling. It is just another illusion that grapples with the American psyche. There is no reason to feel guilty for the sins of our ancestors. It is up to us to make right the crimes of your family but their is no shame in your birth. The guilty however can’t grapple with this and it makes The settler will run circles in their mind. They think of how much they do not wish to harm the people their ancestors harmed but in that attempt they grow resentful for the person who doesn’t wish to calm their guilt. The colonized to them are there learning journey and it is up to us to make them safe. To them it is the responsibility of the colonized to make them feel secure in their station. If you dare to challenge them in their authority on the issues of your people they disregard your words and treat you as they do a rabid dog. It is not that the colonized hates each individual settler. It’s that they must prove themselves to not continue the suffering of the colonized. 

This idea that they are not given the grace they wish for having the correct thought can make the settler imagine a person you are not. That you are not human but a manifestation of their fear. The fear of the vengeful spirit, pele who haunts the colonizers nightmares. That is why they will assume so much from so little. The moment you do not bend to the sensibilities of white society you are a menace. It doesn’t matter if your family was killed, it doesn’t matter if your mother was raped. It only matters that you hurt the feelings of the “ally”. 

 the ally is a fickle creature. There are some who are truly invested in stopping the oppression of the colonized. Yet some allies wish to only be as far of an ally as it takes to get to ease their station as a “good settler”. It’s the problem of the cursed ally. One who may know the right things and feel strongly in the right causes but their guilt makes them feel as if they are a fraud. Their guilt in their station causes them to develop mechanisms of control. They can’t be wrong, their words can’t be questioned, because if they are wrong it is the greatest sin. 

The curse is not one of metaphysical importance. It is not given by a god, nat turner, pele, or any sort of supernatural reason. It’s a curse that is that the settler is subconsciously obsessed with the idea of revenge. The ideas that the marginalized and colonized will take up arms to harm, displace, rape, and kill the settlers. In reality this revenge is non existence. Regardless of the claims given by white supremacist conditioning there is no significant movement of people who wish to seek revenge and destroy the colonizer, the settler or the tourist. 

We see this with the current idea of the Haitian. They cast off the shackles of chattel slavery with the said of several white battalions. Yet due to the fact they killed slave owners they are seen as if the modern Haitian wishes  to kill every white person in existence. They make up lies of voodoo and consumption of peoples pets. They posit that the Haitian is antithetical to American society based on “culture” while settlers from around the country to commit barbarism on the church going Haitian workers. The settler justify this uncivilized behavior using the history of the Haitian revolution. In truth however the answer lies more in the curse. 


The effects of the curse on the ally is this. Many allies see the rage of the colonized as directed at them. When it many times is not. Until it becomes apparent they’re unwilling to unlearn their conditioning. Our judgement comes not from education or indoctrination. Our judgment only comes from the resistance from breaking the curse. There are people who may be at the threshold of learning. At the precipice of breaking free from the chains of the curse. But refuse to accept that their fears aren’t legitimate. This is why so many live within a fantasy. The fantasy where there are the the colonized who do not expect the settler to learn and grow past their assumptions and disregard for our pain. In contrast to colonized which wants to remove the settler from the land. 

So we live in a crossroads, do we spend hours and hours a day on every passing person to learn the basics of humanity? Education is the most important step to ending this cycle. We should change our education rather than just salvage the willing people who succumb to the curse. Maybe you are called to help the people around you. This is not the calling of everyone yet we are forced to regardless. What more can a single person do when their is an army of cursed settlers within their community?



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