Nova Plebe

Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, privatiza a Sabesp contra os interesses populares

, , ,

Neste dia 07/12/2023 foi aprovada na ALESP a privatização da SABESP, por 62 votos a favor e 1 voto contra. Tal movimento indica apenas mais um passo de um longo processo de privatização e sucateamento dos serviços públicos em nome do capital.

Não é um movimento antigo das democracias burguesas o sucatear de seus serviços e segurança social, de alienar seu povo e seus trabalhadores, uma tendência tão antiga quanto o próprio capitalismo.

A privatização não vem como uma surpresa para ninguém, décadas de governos neoliberais já vinham lentamente tentando, pouco a pouco, privatizar a empresa até o máximo que podiam. E a aprovação na ALESP se manifesta como apenas mais um passo.

A constituição paulista, artigo 216, demanda que o estado assegure condições corretas de funcionamento e, por isso, por enquanto, a SABESP não será completamente privatizada.

Um grande movimento para o neoliberalismo no estado, que já dura décadas, e uma enorme perda para aqueles que dependem da água. A ideia em si de cobrar pela água para a população em geral é absurda, sabemos por fato que o agronegócio, de longe, gasta a maioria absoluta da água no Brasil. Enquanto o agro tem todo o poder e controle dos recursos hídricos, nossa população fica à mercê de grandes negócios (provavelmente haverá negociações com subsidiárias de empresas dentro do núcleo imperial).

Tarcísio ainda não venceu, tal projeto ainda precisa passar em outras instâncias e existem projetos que querem declarar a inconstitucionalidade e a falta de procedimento adequado, tais processos foram protocolados tanto por representantes do PT quanto do PSOL.

Para aqueles que acham que a privatização será, de alguma forma, beneficial, não se enganem, nenhuma privatização de serviços básicos e infraestrutura funcionará em tempo real. A necessidade de uma distribuidora de água é fornecer um serviço essencial a todos os seres humanos, enquanto a necessidade de uma empresa é apenas produzir lucros. Historicamente, lucros não se enquadram bem com o bem-estar humano.

Durante o processo da ALESP, várias pessoas, protestando a decisão, saíram feridas, algumas foram presas. É isso o que o estado faz com aqueles que desejam apenas sua autonomia. Não devemos ficar parades, e todes podem ter seu caminho. Autonomia hídrica já!

A água não é só um direito, é uma necessidade para a vida, dignidade e convivência humana. Não devemos nos abaixar perante a retomada de algo tão simples. Quem puder protestar, proteste; quem puder espalhar a autonomia hídrica, espalhe; quem puder apenas compartilhar, compartilhe; quem puder escrever, escreva. Ninguém está sozinho e a luta pela água é a luta de todes.

Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *