A esquerda vem há tempos trazendo para a mesa o fato que Israel é um projeto colonial e em muitos sentidos supremacista branco.
    A colonialidade de Israel nem é algo que precisa ser explicado muito a fundo, Israel nasceu na prática como uma mudança da posse das colônias europeias na região, assim como perverteu os Kibutz e os transformou em assentamentos do tipo colonial. Além disso, chega a ser desnecessário dizer que o único motivo pelo qual Israel ainda existe é para que os Estados Unidos tenham uma grande base militar no oriente médio.
    Já o supremacismo branco tem várias origens, começa com o projeto de Israel tendo sido apoiado por potências europeias para expulsar o povo judeu do continente, mas também existem os fatos de quê Israel é um Estado de Apartheid como vimos em um artigo anterior, e que europeus e estadunidenses também formam grande parte do esforço colonial.
    Além destes fatos, do expansionismo agressivo e do genocídio contra o povo palestino, Israel está desenvolvendo outro paralelo muito forte com o nazismo: o conceito de Greater Israel, que é praticamente um Lebensraum israelense.
Greater Israel (Israel Maior) se refere a um projeto de natureza ultranacionalista, fundamentalista religiosa e irredentista que se propõe ir além do território já ocupado por Israel, expandir o Estado para uma área maior que envolve o todo da Palestina, Jordânia, Líbano, a maioria da Síria, metade do Iraque, boa parte da Arábia Saudita, um pedaço da Turquia e toda a região do Nilo no Egito. Logo, para ser realizado este ideal de Greater Israel envolveria uma guerra com um mínimo de 8 países.
    Alguns podem pensar que deve ser apenas um ideal extremista mantido por poucas pessoas, essas que provavelmente não seriam importantes, mas este não é o caso. O conceito de Greater Israel está ganhando apoio rápido e justamente no setor que mais importa para que a agressão comece: o exército.
    Nos últimos meses um número crescentes de soldados das chamadas “Forças de Defesa de Israel” (IDF) tem sido vistos com patches, adesivos e bandeiras da Greater Israel. Assim como o ideal tem se tornado mais e mais comum nos ciclos sionistas da internet e da direita israelense em geral.
    A tal Greater Israel é no mínimo extremamente similar ao conceito nazista de Lebensraum, que era a proposta de criar um “espaço vital” para a Alemanha através da expansão para a maioria da Europa e sua colonização.
    Se alguém ainda tem dúvidas que o sionismo é uma forma de fascismo, oque está faltando? Devemos esperar que o próximo primeiro-ministro de Israel se chame Mussolini?