Nova Plebe

Jessé de Souza Falou (Ainda Mais) Asneira

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Neste domingo, dia 13 de outubro de 2024, o sofista e ideólogo da “esquerda” liberal, Jessé de Souza, deu uma entrevista ao jornal reacionário O Globo, onde deixou evidente suas verdadeiras convicções.
Jessé repetiu literalmente toda a narrativa dos setores mais reacionários da ala vendida e institucional da esquerda. Quando a esquerda eleitoreira fracassou em sua única tarefa (vencer nas eleições) por culpa própria, devido à falta de impacto na vida da população, ela se virou para a grande desculpa fácil para se blindar contra críticas atualmente: reclamar do tal “identitarismo”.
O mais relevante item da entrevista, começou guiando Jessé muito bem para a resposta que a classe capitalista esperava dele:

“O senhor critica o protagonismo das pautas ditas identitárias pela esquerda. Isso a teria distanciado ainda mais dos eleitores mais pobres?”

Notem aqui que o tal “protagonismo das pautas identitárias” está sendo entregue como fato, os reacionários “de esquerda” não veem nenhuma necessidade de apresentar provas ou de exemplificar suas afirmações.
Jessé afirmou que:

‘Sim. Foi um erro completo. E Boulos está pagando o preço desse equívoco agora em São Paulo. Não basta essa esquerda ‘legal’, que discute gênero e raça. Ainda importa contar ao eleitor por que um cidadão ganha R$ 100 mil enquanto outro R$ 100”.

Como se as medidas sociais-liberais defendidas por eles fizessem qualquer coisa para desafiar a sociedade de classes!
Como se a “esquerda” aguada e chapa-branca fosse fazer alguém desafiar a filosofia da miséria que sustenta o capitalismo.
Jessé declara que “Se não perceber isso logo, a esquerda deixar este pobre na direita.” mas não defende nenhuma luta popular que de fato afeta a população mais necessitada e dialoga com sua condição material, não, Jessé quer saber mesmo é da esquerda eleitoreira.
Ele chega a declarar no final que “está na hora de o PT aprender com Getúlio Vargas” e responde com um “sim” quando perguntado se aprova um encontro do PT com o Varguismo.
Jessé afirma maliciosamente que “Validar esse pobre é importante. É o que Getúlio fez, inclusive do ponto de vista racial” quando Getúlio Vargas promoveu a política de “embranquecimento”, é essa a figura que a esquerda eleitoreira e partidária defende.
Jessé de Souza afirma que:

“O PT nasceu dando de ombros para a herança getulista, opondo o sindicato livre ao peleguismo trabalhista”

Jessé de Souza não conta ao público o fato de quê o Estado Novo de Getúlio Vargas foi um dos períodos de maior perseguição ao sindicalismo genuíno, socialista e investido na luta de classes. Se ele fizesse isso as pessoas perceberiam que ele está tentando se vender falsamente como uma alternativa de classe ao status quo da esquerda.
Jessé de Souza é um intelectual do atraso, que defende e tenta salvar uma esquerda do atraso, uma esquerda que ignora boa parte das lutas mais relevantes da nossa necessidade e insiste em culpar tudo menos a si mesma por suas falhas.
A “esquerda” de Jessé é a “esquerda” que fala cada vez mais em partidos pelegos como o PT, fascistas como Vargas e cada vez menos de luta de classes. A esquerda de Jessé é a ala populista e demagógica da classe dominante.


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