Já o último ataque de jagunços dos latifundiários locais contra o povo Guarani Kaiowá em Douradina, no Mato Grosso do Sul, deixou pelo menos 10 feridos e 2 pessoas em estado grave. Além disso, a violência dos coronéis está se voltando contra o MST também. Nessa situação precisamos nos perguntar, oque o Estado tem feito?
Mesmo com a Força Nacional teoricamente presente (denúncias dizem que se retiraram 2 dias atrás) a violência do agro contra os povos originários da região continua ferozmente.
Oque o STF está fazendo? Negociando. No momento onde a violência já explodiu a iniciativa é negociar. Lula, por outro lado, decidiu ter uma reunião com o agro, sem a presença dos Guarani Kaiowá, é claro.
O Estado brasileiro chegou a um ponto onde não consegue nem dar ordens para seus próprios aparelhos de repressão, e perdeu de fato o monopólio da força. Existem a partir de agora dois futuros possíveis: ou o agro vai conseguir massacrar os Guarani Kaiowá e receberá uma clara mensagem de “podemos fazer tudo oque quisermos”, que é o caminho sem volta para o retorno da ditadura, ou a esquerda se mobiliza nacionalmente para evitar o pior.
Nós precisamos tratar a situação em Douradina como a Palestina do Brasil, e para atender isso vamos precisar da nossa própria Intifada. A prioridade da esquerda no Brasil precisa ser a mobilização nacional, isso para começar manifestações em locais estratégicos, com táticas de parar a economia como no exemplo das manifestações contra o genocídio em Gaza ocorridas nos Estados Unidos.
Por mais terríveis que possam ser os eventos recentes e por mais difícil que possa ser a tarefa a frente de nós, esta é a hora de confiar na nossa própria força e no povo e sua capacidade política.
A classe vencerá.
Mobilização Contra o Massacre do Povo Guarani Kaiowá!
por
Deixe um comentário