Com o passar do tempo, mais e mais pessoas estão começando a se referir a Israel como um Estado de Apartheid, mas o que isso significa? Essa acusação tem base?

              Apartheid era o nome do regime de segregação racial mantido na África do Sul até 1994. A principal e maior característica da segregação, como foi implantada através do Apartheid, é que os grupos étnicos segregados eram julgados através de leis diferentes, isso criava uma relação onde brancos eram julgados com leis mais brandas, enquanto outros, especialmente negros, eram tratados com leis mais árduas e como cidadãos de segunda categoria.

              Mas o que isso tem a ver com Israel? A discriminação do Estado de Israel contra palestinos tem uma semelhança gritante com o regime racista da África do Sul.

              Em Israel, a carteira de identidade identifica se o cidadão é ou não judeu, e isso possibilita uma discriminação sistemática contra a população árabe, como a negação do direito de se viver em certas áreas do país ou de ter acesso a programas de assistência do governo.

              Palestinos em Israel também não têm o direito de ir e vir uma vez que o país é separado em oito zonas, e somente palestinos não podem acessar todas elas livremente.

              Existem muitos outros exemplos, porém o mais notável é a lei do casamento. Em Israel, por lei, um cidadão da Cisjordânia ou de Gaza não pode obter cidadania israelense através do casamento com um cidadão de Israel. É válido lembrar que no Apartheid existiam leis com finalidades similares.

              Por esses e outros motivos, crescem as comparações entre os dois regimes. Vale a pena ressaltar que muitas vítimas do Apartheid Sul-Africano ainda estão vivas e assistindo a tragédia se repetir.

Edição gramática por: Lucas Rodrigues.