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Porque precisamos do Super-Homem

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Em 18 de abril de 1938, saía a revista Action Comics #1 e com ela surgiu também o mais reconhecido dos Super Heróis, Super-Homem. Criado pela dupla Joe Shuster e Jerry Siegel, filhos de imigrantes judeus, eles criaram um filho de imigrantes que vem de um lugar destruído para um casal de fazendeiros, onde aprende valores que o tornam a melhor pessoa entre nós.

Ao longo dos anos, diversos autores tiveram suas próprias interpretações do que significa ser o Super-Homem que abrange desde o mais claro dos fascistas, como em “Reino do Amanhã”, até o mais lutador da liberdade, como em “Super Homem Esmaga a Klan”, cada autor dando sua pincelada sobre o que significa ser um super-homem.

A imagem de um Super-Homem como um lutador da liberdade, defensor dos fracos e guia moral tem se perdido, especialmente em mídias fora dos quadrinhos e com o aumento rampante do fascismo e da extrema-direita, torna-se necessário pegar um símbolo dessa magnitude e apropriar ele para nossas necessidades.

Um Super-Homem revolucionário, que luta por causas sociais, raciais e naturais, que participa de protestos e que enfrenta as forças do capitalismo tardio junto de outros heróis de uma maneira que não seja de liderança, mas de participação colaborativa é extremamente importante. Nos quadrinhos é possível ver algo parecido com o filho de Super-Homem, Jon Kent, que é visto indo em protestos pró-LGBT junto de seu namorado, mas é necessário que o Super-Homem em si aja, não apenas com seu aval, mas com sua participação ativa, pois não é necessário ser de um grupo minoritário para advogar pelos direitos deles.

A ação ativa é necessária porque o Homem de Aço, mais do que tudo, é um símbolo. Um símbolo daquilo que defendemos, um símbolo daquilo que aspiramos ser e pode e deve ser um símbolo para o tipo de sociedade pela qual devemos lutar.


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