Desde esta terça-feira, dia 19 de novembro de 2024, o povo Māori está se manifestando por toda a Nova Zelândia, especialmente em frente ao parlamento.
Em enormes quantidades e usando roupas tradicionais, a comunidade Māori está protestando incansavelmente contra a revisão de um tratado com a população indígena do país. Caso aconteça mesmo tal revisão, é provável que Māoris percam direitos políticos no país.
O projeto de lei, proposto por um partido de direita chamado ACT (Associação de Consumidores e Contribuintes) visa expandir os direitos concedidos a este povo originário da Nova Zelândia para toda a população do país, incluindo as classes privilegiadas e os descentes de colonos.
Tal proposta tem diversos malefícios: ela facilitaria o roubo de terras, uma vez que a dos povos originários não tem mais uma proteção especial, e potencialmente seria um grande risco ecológico para a Nova Zelândia, já que isto aumentaria a autonomia de companhias capitalistas de colonos para arrancar as riquezas naturais do país.
Os protestos estão sendo organizados por uma ampla coalizão, que tem como membra mais notória a rainha Māori Ngā Wai Hono i te Pō, e contam diretamente com uma quantidade expressiva da população, já que a comunidade Māori constitui aproximadamente 20% da população do país.
Reações contra os direitos dos povos originários como estas apenas provam a falência moral e econômica do modelo capitalista, tendo em vista que tem demonstrado mais e mais recentemente uma necessidade imediata e agressiva de se expandir para os poucos lugares do mundo em quê ainda não instituiu o furto generalizado.
Nós apoiamos completamente o povo Māori e seus direitos.

A classe vencerá.