Estamos vivendo um mês (novembro de 2024) de grande importância para a causa de quem trabalha.
A redução da escala 6×1 (seis dias de trabalho para um de descanso) em favor da 4×3 (quatro dias de trabalho para três de descanso) está fazendo um progresso concreto e constante em duas frentes ao mesmo tempo.
Primeiramente, a deputada Érika Hilton está apresentando uma PEC (Projeto de Emenda Constitucional) em favor da redução para a escala 4×3.
Essa atitude de Érika está se provando imensamente popular e ganhando apoio de forma consistente, ao mesmo tempo que está incomodando as forças reacionárias como poucas coisas conseguiram nos últimos anos.
A respeito da direita, está acontecendo uma crescente desilusão dentro da base desta mesma com a luta que seus representantes estão fazendo contra a PEC, conservadores e liberais não conseguem aceitar que seus ídolos estão se opondo a algo que vai tão obviamente melhorar suas vidas (como sempre fizeram, mas é melhor acordar antes tarde do que nunca).
A esquerda institucional, a qual é a esquerda peleguizada, simplesmente não sabe oque fazer. Ao mesmo tempo, ela sabe que precisa se opor ao projeto para não contrariar seus mestres da classe capitalista, por outro, sabe que perderá o pouco apoio popular que ainda tem se o fizer. O resultado é que a Sra. Hilton está conseguindo arrastar até mesmo os setores mais vendidos da suposta esquerda institucional para assinar seu projeto na base da força (força de sua popularidade, no caso).
Érika Hilton está apresentando evidências bem claras do quê é necessário para que a esquerda ganhe o povo de volta, é bem simples: realizar projetos que o povo realmente deseja.
A esquerda não ganha popularidade apelando para religiosos fundamentalistas, antagonizando pessoas trans e nem demonizando do uso do pronome neutro. Ela o faz com projetos populares, é simples assim, mas a “esquerda” da chapa branca (finge que) não entende isso.
Surge uma pergunta: por que a esquerda vendida insiste em coisas que claramente não funcionam, e se recusa a fazer oque obviamente vai lhes ganhar o apoio do povo?
Isto é fácil de entender também, agir demais para com os interesses da maioria da população iria em algum momento entrar em contradição com o capitalismo, e esta esquerda vendida tem medo de um rompimento com o capital, porque isto significaria que ela teria que abandonar sua vida confortável de quem “sabe oque é melhor para o povo”.
Assim como, se as coisas começarem a ir bem demais, se a vida da maioria da população estiver bem demais, ela não terá nenhuma necessidade de políticos e não se lembrará deles, e para a esquerda institucional isso quer dizer bolsos vazios.
Érika já se provou uma exceção com a realização destes e outros projetos populares, como, por exemplo, sua defesa do MST e projetos relacionados a direitos das pessoas trans, mas como já foi dito aqui e como nós anarquistas sabemos mais do quê ninguém, que a mudança que se pode fazer dentro das leis é bem limitada.
Por isso entra a segunda parte, estão sendo organizadas pelo país manifestações a favor da redução da escala de trabalho. Nós entendemos que além de uma luta popular necessária, esta é uma ótima oportunidade de demonstrar na prática para o povo que lutar funciona, assim como de conhecer mais anarquistas em nossas cidades.
Segue uma lista com algumas localidades já confirmadas:
Rio de Janeiro: Câmara Municipal (Cinelândia), às 10h.
São Paulo: Av. Paulista com Brigadeiro, às 9h.
Fortaleza: Praça do Ferreira, às 10h.
Brasília: Rodoviária do Plano Piloto, às 9h.
Vitória: Assembleia Legislativa do ES (ALES), às 14h.
Porto Alegre: Usina do Gasômetro, às 15h.
Florianópolis: Concentração ao lado do TICEN, às 10h.
A nossa vitória é possível e será uma realidade.
A classe vencerá.
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