A Quarta Turma do Supremo Tribunal de Justiça negou na quarta passada (dia 29 de novembro de 2023) uma indenização para a família de Luiz Eduardo Merlino, um jornalista comunista torturado e morto pela Ditadura Militar.
Ao mesmo tempo que foi negado qualquer tipo de amparo para a família da vítima, a família do assassino está recebendo uma pensão de trinta mil reais ao mês. O assassino em questão é Carlos Brilhante Ustra, o torturador jamais penalizado por suas ações, que foi homenageado pelo próprio Bolsonaro, que por sua vez também passou impune pela homenagem, além de diversos outros crimes.
Esta injustiça em particular ilustra perfeitamente a perversidade e as intenções do Estado burguês. Enquanto uma família foi abandonada, a outra é recompensada com uma pensão enorme, que não somente a permitirá nunca precisar trabalhar para sobreviver, como também uma vida de luxo. E qual é o suposto mérito desta segunda família? Ter em suas veias o sangue de um torturador.
Além de ilustrar, este caso é uma evidência muito clara do projeto contínuo da “democracia” burguesa no Brasil de acobertar a todo e qualquer custo as barbáries da ditadura e proteger até o fim os seus carrascos.
No fim o motivo por trás deste caso pode ser reduzido a um fato básico: A “democracia” da classe capitalista é democracia só no nome. Anarquismo, ao contrário de tudo isso, é democracia levada a sério.
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