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Veganismo Político e Anarquismo

O Veganismo é um movimento político que existe desde a década de 40, na qual se põe em prática um modo de vida sem a exploração de qualquer tipo de animal, sejam roupas, adereços, alimentos ou cosméticos dessa origem. Existem
controvérsias sobre o surgimento da abstinência de carnes nas sociedades, o
filósofo Pitágoras, por exemplo, defendia uma alimentação vegetal. O que se sabe é que no século XIX já existiam movimentos com o intuito de conscientizar os impactos ambientais do consumo de carnes antes da existência do Veganismo, já que esse termo é relativamente novo, tendo sido inventado somente nos anos 60, mas qual a relação entre esse movimento e o anarquismo?

O escritor Liev Tolstói, citado até por Kropotkin em suas obras, foi um pacifista que atacava o estado, a propriedade privada e a moeda em seus escritos e defendia uma alimentação livre de carnes. Bookchin também era um anarquista que defendia pautas ecológicas, mesmo que posteriormente tenha se autorrotulado um “Comunalista”, termo que o mesmo criou, mas foi somente nos anos 90 com Brian A. Dominick que o Anarcoveganismo passou a existir. Para ele, o vegetarianismo era somente uma dieta para pessoas que queriam se alimentar de forma saudável sem nenhuma militância política e diferente do veganismo que é de fato político, mas hoje vemos que para muitos vegetarianos o vegetarianismo não passa de uma transição para o veganismo, e querem um dia conseguir viver sem precisar de nada que provenha de animais.

Anarquistas veganos do mundo inteiro lutam a favor da chamada “Libertação
Animal”, termo cunhado pelo filósofo Peter Singer. Para os veganos anarquistas não faz sentido lutar pela libertação humana sem lutar pela animal, pois existe uma hierarquia também das espécies, na qual uma espécie explora a outra da forma que bem entende. Para alguns anarquistas, a libertação animal seria algo extremamente importante para uma revolução, mas para outros seria uma escolha pessoal ética, afinal, você pode viver sem comer animais, mas existe uma construção social em que vão te ver de forma diferente se você escolhe se alimentar de outra maneira, fato é que para produzir uma quantidade excessiva de carne são consumidos muitos recursos naturais como a água.

No mundo, 8% da população mundial se considera vegetariana ou vegana, já no
Brasil são 14% de vegetarianos e 8% de veganos. Os números vão aumentando a
cada época que passa por razões éticas ou ecológicas, mas é importante que as
pessoas de fora não vejam esse ativismo com maus olhos, pois o impacto que a
produção de carnes causa é visível e analisado constantemente.


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Comentários

Um comentário a “Veganismo Político e Anarquismo”

  1. Avatar de Sabrina Sousa Carvalho
    Sabrina Sousa Carvalho

    Finalmente um dos poucos posts de esquerda radical que não fala mal ou faz chacota do veganismo💚🌱🤸‍♀️ e acrescento mais, o veganismo também deve ser internacionalista e decolonial, antes da colonização, muitos povos tinham uma alimentação fortemente a base de plantas, muitas culturas orientais, incluindo indígenas, mesmo que consumissem animais, não tinham ideais Especistas como hoje, o Especismo atual no mundo tem forte raiz no colonialismo Europeu.

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